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Taxistas dobram volume de horas trabalhadas após queda nas viagens

  • Foto do escritor: Thiago Rocha
    Thiago Rocha
  • 7 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Categoria atribui queda de até 60% a Uber e crise financeira. Segundo sindicato, muitos profissionais estão abandonando a área.

Preocupados com a queda de até 60% no volume de viagens diárias realizadas, muitos taxistas passaram a trabalhar até o dobro de horas para tentar diminuir o prejuízo financeiro no fim do mês. Segundo o Sindicato dos Taxistas de Mogi das Cruzes, muitos profissionais também estão abandonando a área. Eles atribuem a crise no setor ao aplicativo Uber e ao atual cenário financeiro do País.

"Soubemos que pelo menos três taxistas saíram do ramo no último mês. Além disso, a maioria está trabalhando entre 14 horas ou mais por dia para tentar segurar o mesmo volume de viagens. Se a Justiça não fizer nada com relação ao Uber e esse cenário financeiro não melhorar, vai ficar cada vez mais difícil para a categoria sobreviver", lamentou o presidente Sandro Monfort.

O taxista Rogério Barros de Oliveira é funcionário de um ponto em frente à Santa Casa de Misericórdia, em Mogi das Cruzes. No ano passado ele fazia, em média, 30 viagens em cerca de dez horas de trabalho. Nos últimos meses, tem feito no máximo 15, fazendo turnos de 24 horas.

"Se eu conseguir fazer 15 viagens, fico feliz. Realmente temos que dobrar para conseguir o mínimo de recurso no fim do mês".

O taxista fica com 30% do faturamento do dia. "Entro às 6h da manhã, fico no ponto até as 17h30, vou pra casa, janto, tomo um banho e descanso, e depois volta às 21h e fico novamente até as 6h. Tem que ser assim", disse o taxista que trabalha 24 horas e folga 24 horas, mas já pensa em largar a profissão. "Já estamos em um cenário complicado por causa da crise econômica. Muitos clientes estão evitando gastar. Depois que o Uber passou a circular na cidade, piorou mais ainda. A Justiça tinha que proibir o aplicativo no País porque é uma concorrência desleal e irregular", continuou.

A Prefeitura de Mogi das Cruzes e a Polícia Militar iniciaram a fiscalização do transporte na cidade. Em dois dias, oito motoristas de Uber foram multados. De acordo com a legislação municipal, no primeiro flagrante, o responsável é autuado em 10 Unidades Fiscais do Município (UFM), o correspondente a R$ 1.521,00. Em caso de reincidência, o valor da multa passa a ser de 20 UFM, o correspondente a R$ 3.042,00 e apreensão do veículo. "Eu trabalho até cinco horas a mais do que deveria para conseguir um volume bom de viagem por dia. A sorte é que muitos clientes já fixos sempre nos chamam para as corridas, o que facilita", disse o taxista Augusto dos Santos


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